quarta-feira, 2 de maio de 2012

Falar de Bairros Municipais é em primeiro lugar pensar nas pessoas.



A gestão dos bairros municipais foi, é e continuará a ser uma tarefa complexa que requer estruturas dinâmicas, eficazes e pouco burocráticas, com pessoal qualificado e directamente implicado nos locais onde se exige uma acção directa.

Os Bairros Municipais muitos deles tal como são dimensionados e regulados, são sinónimos de discriminação negativa. Não existem dúvidas, que actualmente os bairros sociais constituem grandes focos de tensão social, muitos dos seus residentes encontram -se sem trabalho, factores que podem despoletar o aumento da marginalidade, vandalismo e delinquência juvenil.

Os bairros municipais são com frequência notícia, mas raramente pelas melhores razões, estão associado ao tráfico e consumo de droga e a outro tipo de crimes que geram sentimentos de medo, até naqueles que lá nasceram.Muitos de nós já ouvimos falar em Guetos e infelizmente são vários os exemplos espalhados pela cidade.

O porque da existência de Guetos? se os Guetos existem, deve-se aos continuados erros do planeamento Urbanísticos, são os continuados erros de arquitectura, foi o divórcio da CML em relação aos bairros municipais que criou o afastamento da cidade aos bairros municipais.
Não podemos continuar a pensar nos bairros, apenas quando estamos em campanha eleitoral é necessário trabalhar lado a lado com as associações, com as colectividades e com todos os agentes locais, diariamente.

Abordar a Política Social de Habitação, é em primeiro lugar pensar nas pessoas, isto é, pensar numa política de valorização da qualidade de vida da população que passando muito pela habitação, não se acaba nela, pelo contrário dá inicio a um processo global de melhoria da qualidade de vida das pessoas.

É pois necessário fazer coincidir a melhoria das condições de alojamento, com a melhoria das condições envolventes aos conjuntos habitacionais, de forma a criar nos moradores, através de uma participação activa destes, uma identificação positiva do conjunto habitacional onde moram.

Dessa forma é necessário um acompanhamento social à população e promover apoios ao seu próprio desenvolvimento.

O realojamento significou para muitos uma mudança efectiva de vida e se muitas famílias conseguiram produzir essa mudança qualitativa com esforço pessoal dos seus membros, outras há, que continuam a revelar dificuldades e debilidades e que, por isso, requerem ajuda e acompanhamento, desde da simples adaptação ao fogo municipal, até aos problemas mais vastos como alcoolismo, inserção no mercado de trabalho, insucesso e abandono escolar, falta de cuidados a vários níveis, não esquecendo o isolamento dos idosos, etc.

Desta forma, acho que deve haver mais acompanhamento sócio - familiar dos moradores, de forma a responder às suas necessidades; deve haver mais promoções de acções de sensibilização em vários domínios através do acompanhamento das famílias, existe a necessidade de haver um trabalho de proximidade.

É necessários pensar nas pessoas e na valorização da Cidade de Lisboa.


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